Dormência.
O nosso retiro já passou e a vida, agitada como sempre, me fez esquecer de muita coisa que passamos naqueles dias. Mas há sempre aqueles momentos em que Deus fala conosco e nos faz lembrar de certos momentos edificantes que vivemos com Ele. No meu caso, tem algo que Deus não me deixa esquecer daqueles dias: nossa dormência. “O mundo é um moinho” e a cada vez que ele nos tritura, torce e esmaga aprendemos a ser mais resistentes. Precisamos ser fortes. Se choramos em público nos sentimos idiotas, fracos e inseguros. Aprendemos desde cedo que precisamos ser alguém na vida e logo aprendemos a estudar e a trabalhar até que consigamos nosso sucesso e conforto. Mas “o mundo é um moinho” e a cada vez que ficamos mais resistentes tornamo-nos também dormentes, anestesiados, vazios. Vivemos em piloto automático. No retiro pensei muito na importância que eu dava ao sacrifício de Jesus na cruz. O que percebi foi que eu sou mais um anestesiado. Queremos sempre êxtase...