V0 + at ≠ 0 = Movimento Espiritual



“Em física, movimento é a variação de posição espacial de um objeto ou ponto material no decorrer do tempo.”
É muito convencional e familiar, pra mim, falar de movimento. Afinal, a ciência física que estuda o movimento é a Mecânica, ramo da engenharia que estudo. Na observância e estudo do movimento existem algumas coisas importantes a serem consideradas. Entre elas está o referencial, porque, dependendo de onde ele esteja, um mesmo corpo, no mesmo instante de tempo, pode ou não estar se movimentando.
Mas, o referencial não é importante apenas para o fenômeno físico, também é muito importante para a percepção de um movimento espiritual.
Na reunião do BMM que aconteceu na última sexta-feira, dia 25 de outubro, distinguimos GRUPO de MOVIMENTO. Em seguida, iniciamos um tempo de reflexão e debate acerca de quais características estavam presentes hoje no BMM. Por alguns poucos minutos, enquanto alguns de nós apontavam suas escolhas, permaneci olhando para o quadro negro. Naquele momento, fixei meu pensamento na ideia de que éramos um movimento espiritual pela “infinitude” do nosso objetivo, por não conseguirmos enxergar o tamanho e nem o fim do que Cristo está nos chamando para fazer junto com Ele.
Estava imaginando como o BMM será e não pelo que de fato ele é hoje. Conforme transformava meu pensamento em argumento, comecei a ser questionado e percebi meu equivoco em me basear em uma projeção futura (comecei a mudar meu referencial). Olhei, novamente, para o quadro e minha percepção, desta vez, foi de que possuíamos mais características de um grupo do que de um movimento espiritual. Desse modo, como nem todos concordaram com meu novo ponto vista, continuamos a discussão na qual, pra variar, embarcamos numa viagem comparativa do reino de Deus com uma grande empresa e uma franquia (coisa de doido)...
Finalmente o debate e meus questionamentos foram interrompidos pela afirmação de que “só nos tornaríamos um movimento espiritual quando assim o fossemos individualmente”. Talvez, nem todos concordassem comigo, mas, quando finalmente iniciamos o momento de oração, eu havia percebido que não só estava enxergando o movimento do referencial errado, mas, principalmente, a maneira como eu me enxergava no movimento não era a correta.

Portanto, estar junto com um grupo de pessoas que querem fazer parte de um movimento espiritual não me torna parte desse movimento. Para isso, é preciso não só entrar no movimento, mas entrar EM MOVIMENTO.  

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