Afluentes

Um rio não conhece seu caminho quando nasce. Suas águas correm para o ponto ideal de deságüe, mas antes ele é comprimido pelas margens, contido pelos obstáculos de rochas que aparecem no curso, para depois ser acolhido em sua foz. Na foz, os rios menores encontram condições de se aprofundarem junto aos rios maiores. “O rio não quer chegar, mas ficar largo e profundo.”, escreveu Guimarães Rosa, e tinha razão. Para ganhar a largueza e a profundidade, é necessário que ele se admita como afluente, rio menor que deságua em um rio maior, e esse desaguadouro torna os dois um rio só. 
 
Como os rios, que dependem de outros rios para continuarem seu curso e se aprofundarem, um ministério com perspectiva de expansão reconhece a sua necessidade de parcerias. Assumir-nos como afluentes e desaguar em rios maiores era o nosso principal objetivo em Foz do Iguaçu. Para isso, precisamos passar por muitos lugares e permitir que em cada um deles, um pouco de nós fosse derramado.

Por onde precisamos passar? Ao longo dos dias, a pergunta era respondida e as surpresas do caminho não eram poucas. Igrejas, comunidades, restaurantes ou casas de show, onde quer que fôssemos o objetivo era somente um: aprofundar. Nossa missão, como afluentes que se dispuseram a ser guiados pelo Criador, não era escolher por onde passar, e muito menos rejeitar o curso escolhido por Ele. Por isso, se o caminho era entre pedras, a água não deixou de passar, antes caçou seu jeito de chegar ao coração que estava aberto a algo mais profundo.

Laíza Verçosa 
(redatora da equipe de mídia)

Comentários

Postar um comentário

Os comentários passam por um sistema de moderação, ou seja, eles são lidos por nós antes de serem publicados.

Postagens mais visitadas deste blog

POETIZAR - O Sarau dos amigos.

Sobre Janeiro

Agora é a Chance Que Você Esperava Para Mostrar Seu Talento!